O primeiro dia de aula do segundo semestre me deu tanta emoção quanto de quando eu era Calouro Classe A, com a ansiedade das matérias novas e com uma a admiração ainda maior do quanto eu ainda tenho que aprender e como eu tenho que agir perante a minha futura profissão.
O segundo dia foi muito mais pesado nesse aspecto, com uma professora de nome exótico e bonito e com cara de que irá cobrar muito mais que estou acostumado, de um modo que eu sinto medo.Não o medo paralizante e errado, e sim o medo que me lembra de quando entrei em uma montanha-russa a primeira vez de minha vida, com toda aquela adrenalina correndo sem saber o que iria acontecer. Sem saber o que eu iria sentir.
Eu faria de toda decisão da minha vida uma antecipação dessa mesma memória, que eu saisse sem fôlego e diferente, com um medo vencido. Esse medo não se cura com coragem apenas, e sim com a experiência de ir até o fundo daquela ideia, daquele momento. Daquele sentimento.
Portanto, assim foram minhas férias e assim tem sido meus dias acadêmicos, cada momento e cada encontro uma gota de "já-ter-experiência-naquele-momento" dissolvido em litros de "desconhecido". Um sentimento bem peculiar e amadurecido, coisa que um garoto que nem eu acha difícil encontrar, uma olhar único que toda minha bagagem emocional e racional finalmente pode abri-se e me dar.
Uma contemplação sem precedentes, inocente e ágil, esperançoso e realista. Como alguém que vive muito bem seus ultimo tempo sempre preparado para um fim (que não existe) e um novo começo. Em um desses segundos, admira as ideias e os desafios que transpassou. Já no outro, lembra do que realmente ama nesse mundo e de como pode lutar por ele.
Como alguém a dois segundos do Paraíso.